domingo, 11 de novembro de 2007

Cárdia

Corações de pedra pele de aço e sangue de metal incandescente. Creio que somos assim na convivência e no atrito constante em nosso dia a dia. Não sabemos se somos o leviatã ou se nos transformamos nele com o passar do tempo.

Quando crianças nos arriscamos não temos medos ou preconceitos. É crescendo que convivendo com os mais "velhos" que aprendemos que devemos tomar cuidado com certos tipos de pessoas, evitar alguns lugares.

Na verdade se o mundo é cruel e assassino nos o forjamos assim! Se o mundo é um lugar cada vez mais inabitável é graças a nos mesmo. Perdemos nossa coragem nossos sentimentos, nossas almas.



A vida se faz no automático, apenas aceitamos o mundo e nos distanciamos do problema. Sabemos das mortes na vizinhança pela TV e não faz diferença se é na rua da frente ou no outro planeta. Estamos trancados dentro de nossas casas gradeadas, de nossas vigiadas, de nossos corações de pedra.

Há dias que não se consegue ver o horizonte nessas horas nos resta tentar contemplar o buraco negro deixado pelos anos de escuridão e esquecimento. É ai que vemos como perdemos nossa humanidade.

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