Não se imagina o século passado sem esse aparelho no inicio grandalhões e cheios de pompa eram um luxo aos grandes da aristocracia. Não por acaso a primeira linha interurbana do Brasil ligava a corte a cidade imperial Petrópolis.
O primeiro samba gravado no Brasil tem como título: "pelo telefone" de Donga, lembrando a relação próxima do aparelho. Mesmo nas regiões mais humildes os aparelhos telefônicos tornaram-se necessidade.
O mundo crescia os contatos aumentavam as distancias se dizimavam. Com o tempo esse aparelho tornou-se comuns as casas, outras invenções surgiram: telex (alguém sabe o que é isso), fax, internet. O engraçado é que demorou a que se separassem as telecomunicações unicamente do telefone (lembra da internet discada?).
Foi senhor da casa e depois conseguiu um lugar no automóvel dos magnatas, até assumir um papel de micro computador pessoal. Hoje praticamente cada um possui um aparelho (se bem que na ilha de Manhattam possui mais celulares que toda a África) que tira foto, marca as horas, desperta, toca músicas, grava, filma, envia cartas eletrônicas. É tanta trapizonga que a frase de Dom Pedro II quando viu o aparelho pela primeira vez fica cada vez mais irônica "isso fala!".E como ele nos irrita às vezes tem coisa pior que acordar com o telefone tocando? Do que querer relaxar em casa e o telefone tocar o dia todo? E quanto números você tem hoje? Celular, residencial, serviço... Quantos números sua família tem? Antes era difícil lembrar o número de sua casa, agora é impossível lembrar de todos, mas o aparelho resolve ele tem memória...
Assumimos um estágio de algemas já se ouve o slogan: "relaxe, desligue o telefone" parece que temos medo de nossas próprias criações. Ou dos seres por traz deles enquanto o homem não aprender a usar suas próprias criações de forma saudável viveremos nesse mar de cáus e pelo telefone, pois pra muitos é impossível viver sem o celular.
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