sábado, 30 de junho de 2007

Cidade Sol

Uma coisa que passei a temer em minhas caminhadas, alias acho que nunca falei pra vocês o quanto gosto de caminhar, não é bem caminhada, é andar mesmo ir aos lugares que qualquer pessoa normal pegaria um ônibus ou carona ou qualquer coisa menos andar, mas eu ando.

Mas como eu disse passei a temer nessas caminhadas é o fato de encontrar cada vez menos pessoas pelas ruas, tenho duas hipóteses para essa situação! Uma é por onde eu ando, a outra é mais ampla tem a ver com as pessoas.

Antes andava por lugares mais por lugares de bairro, lugares mais residenciais ou coisas do gênero. Hoje tenho andado por lugares mais comerciais, por regiões de escritórios na verdade acho esses lugares muito artificiais, de uma beleza produzida mas não durável algo que não resiste ao tempo. A verdadeira beleza está na profusão da vida que interage com o espaço.

A segunda hipótese é exatamente isso. A cidade esta ganhando uma plástica de nova de moderna, com muito vidro, traçados icomuns, prédios elevados cheios de espelhos e coisas que não entendo. Mas não a pessoas nas sacadas, nem sacadas.

Parece que a cidade está perdendo a vida para ganhar beleza, uma cidade presépio sem a magia do natal. Não gosto disso, a cidade é principalmente para que pessoas vivam nela possam interagir se encontrar.

Cidades muito grandes são problemáticas, criam o fenômeno das multidões solitárias, muita gente, todas elas como medo uma das outras vivendo amontoadas em seus caixotes escondidas delas mesmas.

É apavorante pensar nisso quanto mais o mundo cria novas formas de interação mais artificiais elas são, menos reais. não dispenso o bom e velho olá bom dia com as pessoas de verdade, bons abraços, ver pessoas de verdade, ter relações de verdade. Gosto da Cidade de verdade com gente nas ruas, ambulantes, crianças, mulheres, desocupados, e ocupados andado rápido. Não essas versões shopping sem a condicionado que está se tornando.

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